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China e Rússia anunciam parceria ‘sem limites’ em meio a tensões com potências ocidentais


Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, reuniram-se nesta sexta-feira em Pequim e deram uma exibição de unidade planejada em detalhes, classificando como "sem limites" a parceria entre os dois países.

A reunião — a primeira presencial de Xi com um líder estrangeiro desde o início da pandemia —  demonstrou um aprofundamento da relação entre os dois países, enquanto continuam as tensões entre o Kremlin e as potências ocidentais, com a sombra da ameaça de uma invasão russa à Ucrânia, e em um contexto mais amplo de rivalidade sistêmica entre Washington e Pequim.

Uma longa declaração conjunta foi divulgada após o encontro, que ocorreu  pouco antes da abertura da Olimpíada de Inverno de Pequim, na qual Putin e Xi acusam  “certos Estados e certas alianças e coalizões políticas e militares” de minar a “estabilidade estratégica global” ao se comportarem de acordo com uma “ideologia da Guerra Fria” e tentarem impor “seus próprios padrões democráticos” a outros países.

A ambiguidade dos alvos da acusação é proposital, mas ela se dirige no mínimo aos Estados Unidos, à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e ao pacto militar firmado no ano passado entre Austrália, EUA e Reino Unido, o Aukus.

A declaração afirma-se contra a expansão da Otan, denuncia a formação de blocos de segurança na região da Ásia-Pacífico, faz diversas declarações a favor do papel da ONU nas relações internacionais e se diz contra a “interferência em assuntos internos de países soberanos” e contra “revoluções coloridas”, termo usado pela Rússia para classificar movimentos pró-democracia em suas áreas de influência.

“As partes opõem-se a uma maior expansão da Otan e apelam à Aliança do Atlântico Norte para que abandone as suas políticas com uma ideologia da Guerra Fria e respeite a soberania, a segurança e os interesses de outros países, a diversidade de seus padrões civilizacionais e histórico-culturais, e trate o desenvolvimento pacífico de outros Estados de forma objetiva e justa”, diz o texto.

“Os lados pedem o estabelecimento de um novo tipo de relacionamento entre as potências mundiais com base no respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação mutuamente benéfica”, acrescenta.

Em defesa de interesses prioritários dos dois países, o comunicado defende “garantias de segurança juridicamente vinculantes a longo prazo na Europa” — uma exigência russa ligada à Ucrânia — e diz que a Rússia considera “Taiwan uma parte inseparável da China”.

 



Fonte: https://oglobo.globo.com/mundo/china-russia-anunciam-parceria-sem-limites-em-meio-tensoes-com-potencias-ocidentais-1-25380470
Publicado em: 04/02/2022 17:57h